quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fui apanhada pela onda dos palancas negras no CHAN

Ante ao clima de desespero que assola quase todas as famílias angolanas por culpa de políticas bem concebidas, mas mal executadas das nossas autoridades governamentais, fui apanhada e levada pela onda dos nossos "palancas negras" que, no CHAN do Sudão, está a dar carga!

As vitórias no desporto em geral e do futebol em especial fazem-nos elevar a nossa auto-estima. Regozijo-me por isso como boa angolana que sou e de gema genuína e orgulhosamente, principalmente por ser um feito conseguido por angolanos, com o Lito Vidigal à cabeça. Espero que os responsáveis da FAF não procurem usar os ganhos dos "palancas negras" pra esconder os problemas de desorganização e má gestão do nosso futebol. Uma coisa não tem nada a ver com a outra!

Gostaria igualmente que a classe política nos poupasse com os seus habituais discursos de circunstâncias, marcados por aproveitamentos politicamente incorrectos, a fim de esconderem os seus maus desempenhos com recurso a um pseudo-interesse sobre este fenómeno do futebol, cuja percepção da sua dimensão ocorre com as vitórias retumbantes. Neste momento consegue-se ver que é possível formamos uma nação, independentemente de tudo o resto (naturalidade, idade, tez da pele, grupos étnicos, confissão religiosa, cores partidárias, etc).

O futebol une-nos como Nação. Viva o futebol, vivam os "palancas negras", viva o Lito Vidigal e os seus adjuntos. Independentemente do resultado final, a selecção já ganhou e merece honras e glórias durante e depois do seu regresso.