Cá estou, mais uma vez, para deixar o comentário sobre um assunto interessante da nossa política interna angolana.
Só das pessoas que advoga que tem faltado argúcia aos políticos da oposição e de sectores independentes da sociedade civil (incluindo os movimentos revolucionários juvenis, os nossos manif's) para a criação de verdadeiros factos políticos.
Para questões com poucos ganhos na disputa do eleitorado a oposição consegue abandonar sessões parlamentares, em bloco, como demonstração de desacordo e protesto.
Agora, quando se trata de distribuição de regalias, de benesses e envelopes a oposição tergiversa, não tuge, nem muge, esquiva como a avestruz (enterra a cabeça na areia para esconder-se, esquecendo-se que o resto do corpo fica descoberto).
Seria bom que, para a questão dos "Jaguar" dos deputados, a oposição actue em bloco no sentido da rejeição, bastando usar argumentos já postados no artigo, mas adicionando, em tom provocatório e democraticamente correcto, sobre a contradição da aquisição de viaturas protocolares para os deputados no valor global de USD 60 milhões, com o "slogan" crescer mais para distribuir melhor lançado pelo partido maioritário como o objectivo fulcral para a nova legislatura.
Embora alguns deputados novos, sobretudo os da oposição (porque os do M, sabendo que os seus colegas farão esforços por si, nem aparecem), queixar-se-ão dos prejuízos materiais, mas os ganhos dentre o eleitorado serão maiores.
O problema é que o eleitorado da classe média, os mais exigentes e determinantes, sabe que em 2008 a Assembleia Nacional disponibilizou USD 150 mil para cada deputado para aquisição de viatura, em 2010 a mesma augusta Assembleia requisitou os BMW e agora, mais anos depois, vêm os Jaguar.
Aja coerência política e paciência para aturar desvaries...
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