domingo, 14 de outubro de 2012

Comunicação social ganha notícia!

Só daquelas pessoas que advoga a "desnecessidade" de um departamento governamental para atender a comunicação social, mormente, desde que os órgãos públicos ganharam o estatuto de empresa pública, constituídos por conselhos de administração. Mas, independentemente dos meus argumentos de razão, não podia deixar de parabenizar o novel Ministro da Comunicação e Social, José Luís de Matos. Sendo um conhecedor dos corredores, lobbies e correlação de forças do referido ministério, da supervisão do poder político-partidário, dos grupos visíveis e ocultos que "mexem" com a informação/manipulação, desejo-lhe êxitos...

O NOVO JORNAL (NJ), ao surgir no espaço mediático angolano, veio a calhar, porque coincidiu com as operações de "oferta pública de aquisição" que acabaram por adquirir as acções de semanários tidos como "hostis" e/ou incómodos. O golpe mais duro, para mim, em particular, foi a metamorfose forçada do SEMANÁRIO ANGOLENSE (SA), meu jornal predilecto até então. Esse golpe foi mais duro porque implicou o calar de uma das vozes mais autorizadas, ou uma das penas mais afinadas, do nosso jornalismo, GRAÇA CAMPOS. E não posso deixar passar de forma despercebida o comentário que teceu ao NJ sobre a campanha e os resultados eleitorais, onde foi igual a si mesmo, apesar da ausência...

Pois, o NJ, além de ocupar bem o espaço deixado pelo SA, trouxe também de volta outra pena afinada do nosso jornalismo, GUSTAVO COSTA. Coincidentemente, ambos nomes têm a mesma abreviatura, GC. Semelhanças à parte, o NJ destaca-se igualmente pela qualidade das suas fontes. Mas, de forma alguma coloco em plano inferior o concurso dos seus redactores, em especial à Isabel João, que recentemente foi galardoada pelo seu empenho e profissionalismo. Os colaboradores não ficam atrás, marcam bem o princípio da pluralidade de ideias, "democraciticidade" no jornalismo é aqui bem aplicada...

E tudo isso acabou com a premiação, com direito à maboque, de GUSTAVO COSTA. Já era sem tempo, depois do Prémio Nacional de Jornalismo, em 2010, mas com "rasgos" à compensação, por inexplicavelmente não ter sido premiado, apesar do contributo que já dera ao jornalismo. Agora sim, de mérito, honras para si. Parabéns!

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